segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

O mesmo holofote que alumia a noite é diferente para cada cidadão.
O mesmo holofote que alumia a noite é igual para o cidadão que habita a mesma noite.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

As diferenças existem desde que o mundo...


Estávamos numa discussão política quando ele me encarou e sorriu. Um sorriso maroto de superioridade, emendado um conselho sábio: - você não pode concordar que uma pessoa sem estudos tenha a mesma capacidade e sabedoria para administrar um país... E sentenciou: você não pode ser igual a uma pessoa que nunca frequentou uma faculdade! Foi então que percebi penetrando na estrutura do pensamento iluminista que definiu a ciência racional como base para qualquer pensamento coerente. Não se obtém sabedoria fora dos assentos escolares.
Dessa forma e prisioneiro da minha formação acadêmica recolhi-me a pensamentos “primitivos” tentando “regredir” ao estado de pureza ou ignorância completa.
Não existe tal estado? Ou será que é o estado que a gente define como incapaz de possuir uma “consciência social” da qual as pessoas “mais humildes” se encontram.
Há essa altura pensei no motorista de ônibus que me carrega; na enfermeira que ministra remédios aos pacientes, ao próprio Presidente da República. Pensei se um lixeiro não tem a mesma responsabilidade quando limpa as ruas de uma cidade em que moram ricos e pobres... Não seriam capazes de administrar seus bens? Por mais que esses bens se resumam à sua família? E que nós, de maneira geral temos que tomar decisões arbitrárias para continuarmos vivendo da maneira que acreditamos correta e justa?
Meio sem pensar, vomitei esses pensamentos no meio da conversa...
Novamente ele me encarou, dessa vez com um sorriso paternal dizendo: você é um idealista... Eu também concordo, mas as diferenças existem desde que o mundo é mundo. Não há como nega-las.

domingo, 10 de fevereiro de 2013

Essa lógica do dominado nos domina.

Essa lógica do dominado nos domina.

Os estadunidenses herdaram a cultura do domínio inglês das terras dos sete mares. Começando o domínio pela América do Norte; estendendo-se para o México, as Ilhas Sanduíche – Havaí – Cuba, Panamá, e América do Sul e Caribenha.
Segundo Regina Navarro Lins, a sociedade próspera estadunidense provem dos “puritanos”, que acreditavam na castidade católica e, portanto se voltavam diretamente ao trabalho cuja compensação divina viria pela prosperidade (o reconhecimento de Deus à dedicação humana).
Entraram nas duas grandes guerras com o propósito de conquistar a Europa e conseguiram.
Participaram em vários "golpes de estado" na América Latina, Caribe e África e c"venceram".
Venderam uma cultura cosmopolita mundial como se fosse a melhor e de diversas formas: artes plásticas, cinema, teatro e tecnologia “de ponta” para los hermanos. Determinaram o formato capitalista na prática, tentando provar aos europeus e japonês que o capitalismo é democrático e imparcial. E que não existe outro modelo de democracia a não ser pelo “voto direto”.
Como relata Frances Stonor Saunders, “quem pagou a conta” foi a CIA. estadunidense, que financiou todo tipo de investimento artístico na Europa. Em contrapartida ridicularizava toda ação do governo da União Soviética, contratando críticos de esquerda para falarem mal da esquerda. George Orwell foi um deles.
Na América latina, como herança da tradição inglesa, financiou golpes “Militares” (os militares carregam o ícone da perfeição pela disciplina popular da defesa da nação) apoiados pelos meios de comunicação de massas. O jornal, a revista, a enciclopédia e os militares mantém a “união nacional”. Os intelectuais se dividem, mas quem tem a palavra são os intelectuais que compartilham das ideias “liberais” que os EUA acreditam.
Enfim, os norte americanos, através de seus subornos, compraram o mundo que conhecemos e fazem guerras contra o mundo que não conseguiram comprar ou dominar.
Essa lógica do dominado nos domina. Sobre nossa capacidade de ser um povo capaz de vencer as diferenças sociais, a herança da colônia, a herança da mão de obra barata, escrava, a herança de que o Brasil é um “continente” para exploração, seja de mão de obra ou pedaços de território nacional para os “estrangeiros” e alguns de nós acha justo pagar os privilégios de alguma classe social para que um dia possamos participar desse privilégio, ainda em vida.
Por último. Em consequência de toda essa rede ideológica o povo brasileiro acaba se achando incapaz de raciocinar e, portanto incapaz de gerir uma nação sem precisar copiar modelos administrativos norte americanos.
Concluindo: A dominação humana não se deu por acaso. Ela é planejada.