sábado, 16 de janeiro de 2016

The Song Ramains The Same


Lembro-me que o Rock’n’Roll começou a intensificar os modelos de grandes shows para grandes públicos que se realimentava carregando a grande bandeira inglesa/estadunidense. Era um grande movimento popular sob o comando da então geração que nasceu no meio dos bombardeios pelos B2 alemãs ou foguete que o valha.

Na medida em que esses pequenos grupos de três ou quatro músicos era reduzido, sua tecnologia substituíam outros instrumentos cada vez mais bonitos e sofisticados. Vinham acompanhar as antigas guitarras elétricas por pedais, trazendo uma bonificação sinfônica para os captadores responsáveis pelo berço da corda. As baterias eram grandes e reluzentes. Começam aparecer às primeiras pianolas elétricas que reproduziam sons de órgãos de igreja. Uns mais sofisticados que o outro, os grupos carregavam marcas como Gibson, Moog, Yamaha...

As luzes coloridas derramadas pelos spots cromados serviam o ritmo sincronizado na batida forte das baterias e nas longas frases de guitarras seguradas abaixo do colo e sintetizadores de som que dançavam nos palcos guiados por seus executores.

Os grupos de rock americanos ou ingleses desfilavam em grandes limusines pretas e aviões particulares; destacavam-se por seu vestuário circense colorido, reluzente, voltários. Traduzia o reencontro com a liberdade tão sonhada, tão consumida, tão devorada em vestimentas apartadas do cotidiano formal.

O baião se fundiu ao rock, amalgama que reveste o regional brasileiro e exporta-o para os meios urbanos com uma carenagem moderna. Tecnologia de primeiro mundo sendo apresentado à estrutura musical brasileira tradicional.

O capital se reeducava para se tornar totalmente abrangente num mundo dividido em dois mercados que não se falavam e se odiavam.
A religião cristã erguia seu estandarte em marcha crédula da existência de um deus que garantisse a unidade familiar enquanto o jovem perguntava e buscava sua identidade em filosofias orientais ou exóticas. As minorias desfilavam seu cardápio de oportunidades.

A luta armada na América Latina, dizimada pelos governos latinos com apoio incondicional da inteligência americana; os negros americanos dividindo bairros em suas cidades extremamente racistas e a guerra do Vietnã que arredavam o povo ianque aos interessas de um mercado agressivo do pós-guerra, sustentado pela construção do medo. O terrorismo ideológico se propunha como tal e se formulava como alternativa alienante.
Só o capital é livre, diziam eles.

Com efeito, a mídia se avolumava no capital e no lucro, perseguindo e construindo a imagem da geração jovem. Cabeludos que vestiam calças jeans surradas e quanto mais, mais apertavam os significados de liberdade e ousadia jovial da minha geração.

As drogas se instalam na classe média com sinônimo recurso para a liberdade e busca de novas experiências cognitivas. É esse período que se lançam as novas bases para o estamento familiar, onde os jovens se rebelam contras os pais, se rebelam contra a estrutura familiar imóvel. Ao ponto de hoje todos usarem jeans independente das idades.

Oh Yeah! O Rock’n’Roll nos representa. É a demonstração artística de nossos pensamentos modernos, civilizados em uma só batida. É o sonho da aventura moderna que guia a geração em busca de uma “identidade própria”. Danosa ou autodestrutiva se revela ardente, sedutora.

Entre tantas coisas, assim eu via assim eu vivia. Descobria o que queria ou podia. Amava e me guiava além das estradas de tijolos amarelos...

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